segunda-feira, 31 de março de 2008



CIGANOS DENOMINAÇÃO: LÍNGUA E ETNIA

Mencionar ou registrar fatos sobre ciganos, certamente se torna difícil e requer uma busca de conhecimentos específicos e de longa pesquisa a ser realizada pois, estamos relatando uma cultura ágrafa da qual pouco se é conhecida, ou mencionada, os ciganos nunca registraram sua história em escrita, pois suas tradições sobrevivem pela forma oral de expressão, em alguns documentos ibéricos do qual ao decorrer do trabalho se apresentara, nos dará melhores informações desta etnia e sua chegada ao Brasil, é importante esclarecer melhor sua suposta origem étnica, sendo que se perguntarmos a cinco ciganos uma mesma pergunta, obteremos cinco respostas diferentes, cada um respondera a sua, uns dirão que vieram do Egito, Hungria outros de Belém, da Índia, outros que são os mais antigos do mundo os primeiros homens, outros até da lendária e mitológica cidade de Atlântida, a duvida da origem dos ciganos para os ciganólogos é o mesmo do surgimento do homem para os antropólogos.
Alguns documentos mencionam, a ida e vinda, deste povo de característica nômade, documentos muitas vezes em sua maioria de expulsão dos mesmos em seus territórios, acusados de conturbar a paz alheia. Por toda a história cigana encontraremos estes relatos de perseguições, e da necessidade do próprio cigano em mentir, omitir para os não ciganos ou Gadjes para preservar e defender seu povo, tão perseguido e torturado há séculos, a omissão muitas vezes significa sobrevivência para certas etnias, deparamos ai com o chamado corpo calado, um corpo da qual a historiografia brasileira nunca se preocupou em pesquisar e desenvolver a história dos ciganos, o que restou a pesquisadores e alguns ciganólogos que por amor e respeito à etnia, dedicaram anos de suas vidas a cultura cigana. Nos documentos que encontramos veremos claramente as expulsões para fora dos territórios, relações a esta etnia como os criminosos, os boêmios, os trapaceiros, os mentirosos, os descriminados, os banidos pela sociedade. Esse é o retrato dos ciganos em relação a grande parte das poucas fontes existentes tanto no Brasil como em qualquer outro lugar do mundo.
Apesar de inúmeras suposições de seu surgimento étnico, o cigano tem como origem a Índia
[1], o que nos faz supor a esta raiz indiana são as formas de trabalho e a restos lingüísticos, esses são os elementos bases, para supor a Índia como sua terra mãe. Indira Gandhi os reconheceu como legítimos indianos, pela pressão do governo Hindu e dos direitos humanos reconhecem se os ciganos como legítimos hindus no exílio, no ano de 1977, mas nunca se soube que nenhum deles houvesse retornado a suposta pátria. O autor Martin Block em seu livro Moeurs et Costumes Tsiganes relata que no século X, diz dirigir-se uma grande vaga de ciganos da Índia para a Ásia menor, quer dizer saindo da Índia, mas resta até hoje certo número de ciganos nascidos e vivendo na Índia.
Mas se torna muito forte também, sua passagem ou raízes pelo Egito, um grande número de ciganos dizem pertencer à linhagem dos faraós, Voltaire achava ser os ciganos “os degenerados descendentes dos sacerdotes da deusa Ísis, misturados com seus adoradores.” Em 1975, um cigano, que se intitulava líder do grupo Rom na Europa de nome Toti Steinberger, fora ao Vaticano e junto ao papa Paulo VI, anunciou serem os ciganos descendentes diretos da rainha Nefertiti, a princesa Egípcia, todos os encantos do Egito parecem realmente fazer parte dos ciganos que quando identificados por um de suas denominações Gypsies o que significa povo de vestimenta exótica provenientes do Egito, onde a musicalidade as danças e costumes também se assemelham as terras das pirâmides, conta se uma antiga lenda, que entra em contradições, que as 22 lâminas de um taro ou seja dos seus arcanos maiores, teriam sido entregues aos ciganos para fugirem as invasões que ocorriam no Egito, e para com isso não se perderem. Nas 22 lâminas
[2], estariam contidas todos os mistérios do homem e do espírito, fora entregues aos nômades por sacerdotes egípcios, e vão surgir na Europa tempos depois, misturadas entre as cartas do baralho ordinário, está lenda se enfraquece quando entendemos que as ciganas como quirologas, quiromantes e na Europa se tornam também cartomantes, mas não sendo tarológas ou seja usar o tarô em suas adivinhações. (O conhecido baralho cigano pintado a mão, pois cada família criava os seu, este sim era usado pelos rons). Outra lenda seria que os ciganos teriam escondido, Jesus, José e Maria na fuga para o Egito, pois os ciganos escondem alguém como querem como ninguém, e teriam aprendido a fazer o pão do qual se usa em suas tradições com Maria mãe de Jesus, esta lenda se depara contradizendo outra, que diz que José em Belém pede a uma família abrigo para o nascimento de Jesus, está ao negar a estada da mãe em trabalho de parto, nascendo o menino assim em um estábulo, seria esta família cigana amaldiçoada a peregrinar sobre a terra por negar abrigo a sagrada família. Mas tudo isto não passou de lendas e mitos que ajudaram as pessoas a terem mais preconceitos sobre os ciganos e a persegui-los principalmente na época em que a igreja predominava, o preconceito de serem amaldiçoados e de trazerem malefícios aonde chegassem, pois em lendas teriam desabrigado a mãe de Jesus em seu parto.
São os ciganos, denominados de vários nomes no percorrer dos caminhos, foram chamados os ciganos de boémios, egípcios, gitanos, ciganos, gypsies, filisteus, tártaros, faraónicos, mouro, romanichel, madjub, tsigani, calés, siculi, sicani, cingesi, sindi, sinti, agarianos, pagani, cingaríje, carasmar, romcali, astingi, daias, vangari, gadjar, secani, cinquanes, siah-hindus, calis, cad-indi, luri, sarracenos, zindi-calis, dandari, dardani, acigani, singuni, heidnen, kielderings, tartapakes, zingaro, zingari, zogoni, zeygeunen
[3] etc... Os verdadeiros etnônomos, cem nomes diferentes há um só povo, será correto alguém dizer que escreveu a história dos ciganos? Ou o que dispomos são apenas meros ensaios.
A conclusão da origem indiana para os ciganos, já acima mencionada, foi analisada através da linguagem e sua semelhança ao sânscrito, e línguas vivas do mesmo grupo indiano, tais como o Hindi, o Guzrati, o Marathe, o Cashemiri, os ciganos do grupo Rom falam o Romaní ou Romanês e os Catalães, Andaluzes Gitanos espanhóis e os ciganos portugueses falam o Kaló ou Calé, ciganos da península Ibérica, encontramos no percurso da história dos estudos ciganos, três importantes pesquisas sobre sua língua dialeto .
O primeiro o de Alexandre Paspati, pesquisador da fonética cigana e ciganólogo, Éstudes sur les Tchinghianés, publicado em Constantinopla em 1879, que confessa se conhecer a raça cigana (hoje o conceito de etnia), através do estudo de seu idioma, Paspati, junto dos ciganos que viviam temporariamente aos arredores de Constantinopla e da parte européia do império Otomano, acumula suficiente material, para iniciar seus estudos, uma pesquisa de tendas e não acadêmica, sua simpatia é clara, se tornando um querido amigo dos ciganos
[4], (mesmo sendo um não cigano considerado em um grupo de ciganos, mesmo assim nunca os ciganos falaram sobre toda a sua verdade ao amigo Gadjo, pois faz parte da sua preservação este fechamento étnico aos que não sejam de seu grupo), Paspati escolhe o romaní grego o que se torna uma importante obra, mesmo com uma fonética e etimologia insegura.
O segundo é o de John Sampson, The Dialect of the Gypsies of Wales, publicado em 1926, este bibliotecário de Liverpool, estuda por três décadas, era bem visto entre os ciganos que o consideravam um dos seus bons amigos, na Inglaterra da época, uma população cigana estabelecida no país desde o século XVII, e preservavam o idioma de seus antepassados.
O terceiro é de dois suecos, O. Gjerdaman e E. Ljungberg, The Language of the Swedish Coppersmith Gipsy Johan Dimitri Taikon
[5]em 1963, mencionam em sua obra o dialeto romanês dos Kalderasch, falado na Suécia, em 1940, língua de um povo iletrado sem uma correta maneira de se escrever.
Estes três estudos de aspectos importantes, nos ajudam a observar e identificar o romaní ou romanês em aspectos geográficos diferentes
[6].
O certo a se saber, é que a língua cigana funciona como uma espécie de sobrevivência deste grupo, e é dela que conseguem se expressar, uns com os outros sem serem entendidos, mesmo que um não cigano aprendesse a língua cigana, eles, os ciganos, teriam outras palavras com o mesmo significado, formuladas em seu vocabulário seria totalmente impossível de um não cigano compreender, para entendê-la deve-se nascer cigano.
Organiza-nos à tão vasta lista de supostas origens para o povo cigano, como Núbia, Babilônia, Fenícia, Egito, Palestina, Canárias, Assíria, mas a origem indiana do norte da Índia, é a mais aceita pelos ciganólogos como afirma o ciganólogo moderno Jean-Paul Clébert.
Mas quem não garante que a Índia seria mais uma parada dos ciganos em seu longo percurso, o próprio cigano diz que o mundo é a sua pátria, em um antigo verso cigano ele diz “Tenho minha casa no vento e, como o mar tenho no vento a minha glória”, buscam na liberdade sua maneira de viver.

“Rom nasci, Rom morrerei,
Aonde quer que vás há Rons
Quem tem vergonha da sua língua
Tem vergonha do seu sangue,
Percorreremos a terra
E Rons sempre seremos
Todos os Rons são irmãos”
[7].

Neste poema, acima descrito, vemos claramente o orgulho que os ciganos tem de sua etnia do seu grupo, de serem ciganos, ao mesmo tempo o não entendimento que sentem de alguns de sua origem negarem sua ciganidade, seja qual for o motivo, e nos esclarece que apesar da omissão, sempre existirão, não importando os acontecimentos nem que o gigante capitalismo os aperte em pleno século XXI, eles sobreviverão, porque os ciganos nunca deixarão de se orgulhar de serem simplesmente ciganos.
Os documentos que mencionam a saída dos ciganos da Índia são escassos e contraditórios, a lenda e a realidade se misturam, acontecimentos e lutas no noroeste da Índia, existindo pequenos reinos ao redor, tentavam emigrar para o sul, está migração deu-se com lutas entre si, houve diversas invasões nestas áreas, os Hunos Brancos, os Árabes e os Turcos, este último chefiado por Mohammed Ghur, dominando parte do território do Noroeste da Índia, deixando-a antes do ano 1000
[8].
Está dispersão se inicia com a conquista dos Persas no século III, Ardashir, Xá que reinou de 224 e 241 conquistou a área que hoje se denomina o atual Paquistão, pessoas se deslocam da Índia para a Pérsia
[9] para ali viverem, trabalharem, veio todas as classes de camponeses á músicos, tinham os ciganos a mesma língua e religião, alguns foram para o Egito[10], e com uma seita religiosa chamada de Atkingani, conhecida no império bizantino desde o século VIII, acredita se que o Deus Shiva, fora adorado pelos ciganos até terem o contato com o Cristianismo. Kali tal como Shiva, a deusa Negra era objeto de adoração de muitos indianos[11], Kalin também significa cigana e Kalon cigano, e Kalivo e Kalivirka significa homem e mulher negra, da etnia africana, no dialeto cigano, os primeiros ciganos devem ter chegado ao norte da Pérsia antes de 640.
O historiador Hamza ibn Hasan em Isfalini de Ispaham menciona a chegada de 12.000 músicos a Pérsia
[12], em 550, nos séculos X e XI esse mesmo fato e mencionado por Firdusi cronista e poeta no Livro dos Reis, o rei Sassânida Bahrãm Gor teria requisitado 12.000 músicos da Índia para a Pérsia seus descendentes seriam os que conhecemos como ciganos, formações de conglomerados, dispersos, de tribos nômades no norte da Índia antes de 1500 ªc. com inúmeras invasões, no século X, atravessaram a Armênia (palavras Armênias também fazem parte da língua cigana), pois houve uma integração aos comerciantes da região, a língua Armênia impregnou bastante o Romaní, fazem a sua diáspora cigana, comparada á dos Judeus.
Atravessam o Bósforo e adentram a Europa, estende se sua caminhada da Ásia para a Europa, relata o pesquisador Donald Kenrick, que está trajetória se deu quando a Peste Negra chega a Constantinopla em 1347, em 1390 os gregos são derrotados pelos Turcos, 10 anos após a batalha de Alepso, com isso são forçados, levados a emigrar pela Europa.

“Se os Rons soubessem o destino que os esperava na Europa talvez tivessem permanecido no Médio Oriente”
[13].

São três os principais grupos éticos ciganos:
Os Kalderasch, considerados os verdadeiros guardiões da cultura cigana, chamam se Rons, pois significa os homens modelos da espécie humana, subdivididos em grupos, Lovara, Boyhas, Luri ou Lovari, Churari ou Horarani, Matchuáia e os Turcos Americanos estabeleceram se na Moldávia, Valáquia e Hungria.
Os Gitanos, Kalô, ciganos ibéricos, diferem-se dos Kalderasch pela aparência física, dialetos e costumes, por seguirem percursos e caminhos diferentes assimilando assim particularidades que difere em sua cultura. Os Calons Catalães Portugues e Andaluzes estabeleceram se no Egito foram para a Espanha, Portugal, África do Norte e Sul da França.
Os Manouches, subdividem se em três grupos Valsikanês ou Sinti Franceses, os Gatshkanès ou sinti alemães e os Piemontesi ou sinti italianos, Italiotas estabeleceram se na Alemanha do Sul e da Alsácia.
Há também em nosso país os Calons brasileiros, chamados de Tropeiros, ainda nômades em pleno século XXI, onde perderam por demais suas tradições, e não são considerados ciganos por alguns outros grupos, que se denominam os verdadeiros guardiões da cultura cigana, mas os Calons Tropeiros são ciganos e há entre estes grupos uma enorme diferença em todos os aspectos do físico ao dialeto, houve uma junção da cultura cigana com a brasileira, em seus acampamentos dançam o forró e não as danças ciganas tradicionais, como o Romanés e o Flamenco a Rumba Gitana das quais já se perderam, alguns falam um dialeto chibiu, que contem palavras do romaní, sua gastronomia não se assemelha mais a culinária cigana, outro tipo de vestimenta que difere por demais das do grupo Rom etc. mas costumes como á família em primeiro plano, normas de casamento, morte, noivado nascimento estas permanecem, também há a introdução da miscigenação entre os Tropeiros do qual encontramos pelas cidades lendo a sina e negociando objetos de troca e venda, são na sua maioria nômades, que trazem seus dentes cobertos de ouro, e roupas coloridas com rendas retalhos de um colorido extravagante (por não ciganos são considerados como verdadeiros ciganos, pois permanecem em grande parte nômades no Brasil, e o grupo Rom em grande parte sedentária), o que se diferencia das mulheres do grupo Rom com suas suknias
[14] de estremo bom gosto e luxo que nos remete aos mais remotos tempos do oriente, suas condições socio econômicas se difere de grupo para grupo.

No Brasil os ciganos estão nas mais diversas posições sociais e profissionais.

Mas o grupo Calon português será o de maior comentário e observação em nosso trabalho pois foram os primeiros a serem degredados para o Brasil, a chegada dos ciganos e sua conjunção étnica e cultural, sua omissão ou omitidos no Rio de Janeiro, principalmente pela historiografia, hostilizados, perseguidos e castigados na História, mal interpretados e sempre postos a alguns erros cometidos à culpar toda uma etnia, tentam se manter em pleno século XXI, valorizando a virgindade, condenando a traição.

Isolados em sua cultura, um povo vivendo dentro de outra nação, o fechamento dos ciganos, o fez criar a fama de "diferente", o elemento que se difere da sociedade, o boêmio, o nômade.
Mas não podemos negar sua importância e participação na História do Brasil, chegaram ao século do descobrimento, século XVI, infiltrados nas terras de Vera Cruz, os ciganos viveram a Colônia, o Império, a República e até hoje permanece vivo mesmo que omisso aos não ciganos, se torna tema de reportagem, enredo de escola de samba
[15], tema de novela[16], o cigano está nos filmes, nas histórias de Drácula[17], no cinema e sempre estará no imaginário popular de um povo alegre, festeiro, dançante, e músicos, de um povo que está presente todo o dia, mas que parte ao amanhecer sem deixar pistas, para onde vão, se voltarão, ou se realmente estiveram ali, pois as fontes seguras documentais sobre ciganos são poucas, parte são imprecisas, e se resumem boa parcela em história oral.

“Ser Cigano é antes de mais nada, um estado de espírito”
[18].

Portanto este trabalho procura mostrar de forma acadêmica, a introdução dos ciganos no Brasil e seu contexto em um mundo não conhecido dos não ciganos, seu esquecimento na historiografia, sua anulação, tachados, marcados com um preconceito que vive até aos dias de hoje.

Hoje com novas proposta e intenções de mudar o conceito do cigano, o prêmio criado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob o Ministério da Cultura, Secretaria da Indentidade e da Diversidade Cultural, o concurso público de nome "João Torres" demonstra com certeza a importância do povo Cigano no Brasil como parte integrante e sólida de sua história.









[1] Muitos ciganos, negam que tenham vindos da Índia, e se orgulham em dizer que vieram do Egito ou da Grécia.

[2] Refiro me as Cartas de Tarô, e está lenda simbólica esotérica refere se as lâminas terem sido levadas à Europa pelos ciganos, os oráculos são tão antigos quanto o homem, o tarô consiste em 78 cartas, os quatro naipes, 56 cartas que são os arcanos menores e as 22 lâminas que seriam os arcanos maiores, o tarô fora identificado como fragmentos de um antigo livro egípcio, e Comte de Mellet esotérico e pesquisador, identificou o tarô como o livro de Thoth (Deus egípcio da lua e da sabedoria) , mas o certo é que a história mostra o contrário disto, os ciganólogos em seus estudos observando a saída dos ciganos da Índia, mostram que eles chegaram ao ocidente tarde demais para terem introduzido tais cartas. E o mais importante é que as ciganas não são tarológas, elas são cartomantes e quiromantes e jogam o baralho chamado ordinário ou seja o baralho comum, ou o de baralho de madame Lenomard, já em contato com a Europa Ocidental.
[3] Estes nomes estão relacionados por países que passam exemplo: na Espanha são Gitanos, na Itália são Zingaros, no Brasil Ciganos, nos Estados Unidos da América são Gypsies etc.

[4] Paspati consegue dos ciganos obter sua confiança para circulação dentro de seus acampamentos o que é difícil, pois os ciganos desconfiam dos não ciganos assim como os não ciganos desconfiam dos ciganos, ele consegue se fazer respeitavél e querido dos rons, sua pesquisa e dentro da vida cigana o que não obteria fora dela dentro de universidades o que seria por total fracasso tentar consegui-la (pesquisa).
Alexandre Paspati afirma ser`` A verdadeira história da raça tchinguiane está no estudo de seu idioma´´
( Cit. Fraser, 1998, p. 18 ).

[5] Português Sânscrito Hindi Rom Grego Rom Galês Rom Kalderasch

água paniyá paní paní paní paí
cabelo síras soná bal bal bal
pai táta tattá dat, dad dad dad
sol gharmá ghám kam kham kham

[6] Os ciganos são por demais inteligentes, muitos são poliglotas, falam vários idiomas, mas não o escrevem só falam, o que o nômadismo favorece a assimilação rápida de outras línguas, mas isso não interfere ao seu dialeto o Romanês, comunicam se entre si somente com sua língua, dialeto.

[7] Pema cigano:
Auzias, Claire. Os Ciganos ou o Destino Selvagem dos Rons do Leste, Lisboa Portugal: ed. Antigona, 2001.

[8] Kenrick, Donald. Ciganos da Índia ao Mediterrâneo, Lisboa Portugal: Centro de Recherches Tsiganes (Secretariado Entreculturas). ed. Interface, 1993. Pag. 10`` Da Índia à Pérsia´´.
[9] A Pérsia, foram para lá pela semelhança do idioma, do Hinduísmo, tratos de união entre os filhos e os Persas, surgindo possivelmente um grupo étnico novo.
Cit. Op. Kenrick, 1998 ``Havia uma relutância dos Persas em aceitar uniões com indianos.``
[10] Cit. Op. Moreno, p.18.
[11] `` Os Hindus acreditam que os ciganos são filhos de Rama, Rama é o eterno peregrino entre o passado e o futuro ´´,
Revista Planeta, n° 93 Junho de 1980, São Paulo. Texto de : Ednilton Lampião ``Um Povo Estranho a Magia dos Ciganos´´.
[12] Cit. Op. Costa (1996) afirma que as fontes documentais são exclusivamente Persas.
[13] Donald Kenrick, refere-se as perseguições e discriminações que os ciganos passaram na Europa, com penalidades e sacrifícios a rejeição por terem uma cultura por demais diferente, um grande choque cultural.
Os Rons chegam à Europa, chegando do Leste para o Oeste Europeu: 1348 Prizrem / 1362 Dubrovnik / 1373 Corfu / 1378 Mosteiro de Rilo Bulgária / 1382 Zagreb / 1348 Modon / 1397 Nauplie Grécia / 1407 Hildeshein Alemanha / 1416 Brosov Transilvânia / 1501 Lituânia / 1505 Escócia / 1513 Inglaterra.
[14] Suknias traje da mulher cigana dos grupos Rons, tecidos finos de estampados orientais, geralmente sedas, o mesmo tecido das saias é igual ao da blusa e do lenço da cabeça, com uma colocação especial da qual pode se identificar entre si pela simples forma de se ajeitar o lenço à cabeça, nestes trajes observamos moedas de ouro pingentes dourados, uma costura chamada casa de abelha nas blusas com mangas rainha, de um luxo e beleza inconfundíveis, saias de roda que levam metros de tecidos, que realçam em suas danças e em seus gestos ao caminhar, pois a mulher cigana tem uma postura austera e feminina ao mesmo tempo.
[15] Em 1992 foi enredo da Escola de Samba Unidos do Viradouro no Rio de Janeiro, com o enredo `` E a Magia da Sorte Chegou´´.
[16] Novelas da Rede Globo de televisão,`` Explode Coração ´´ , ``Pedra sobre Pedra ´´ , `` Sexto Sentido ´´ .
[17] Os ciganos nas histórias de vampiros sempre foram os guardiões de Dracúla, pois eram perseguidos como os vampiros e este os protegia em troca de serviços, observamos em Drácula de Brand Stock.
[18] Ático Vilas Boas, ciganólogo e professor de Literatura oral e folclore iberoamericano na Universidade de Goías, membro do centro de estudos ciganos de Paris e estudioso do povo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei encontrar estas informações, sou neta de cigano, mas não sei quase nada, pois tudo foi queimado pela minha vó que tem vergonha...(ela não é cigana), gostaria de encontrar o dialeto romai, bem como mapas de localizações dos ciganos oriundos do leste da espanha, para conhecer minhas raizes, vc pode me ajudar?

Renata Nascimento
rpnasci@oi.com.br

Anônimo disse...

sou bis-neta de ciganos gostaria de ter mais informações se posivel tudo que tiver
lidia-poa@hotmail.com

Unknown disse...

sou um cigano meu nome e yuri dourado sou de feira de santana bahia e quero demonstra pra todos que nao sao ciganos que nossa raça e munto inportante para todos estou fazendo agora uma faculdade de adiministraçao e hoje em dia os ciganos nao so negociao emtrocas de animais mais sim estudao sao-adivogados,deputados,cantores e.t.c...